Dois jovens da Secular banda Cabaçal dos irmãos Aniceto visitam Várzea Alegre.

Os dois jovens músicos da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto aparecem no centro entre os comunicadores Franzé Souza e o Nonato Alves da rádio cultura AM 670.
Estiveram nesta manhã de quarta-feira 20, na companhia do repórter pré-candidato a vereador na cidade do Crato e filho de Várzea Alegre Franzé Souza, os jovens Cratenses: Antonio Jackson Rodrigues do Nascimento e o José Alan Santana Lira integrantes da 4ª geração da Banda Cabaçal da comunidade da batateira na cidade do Crato.

Este ano de 2016 a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto completa 2001 anos de existência de uma cultura que já representou o Cariri nos mais distintos pontos do País. E hoje esses dois jovens músicos, o Jackson zabumbeiro da banda Cabaçal e o Alan que toca caixa (tarol) e é bisneto do saudoso Britinho que também tocava caixa na antiga formação da banda, percorreram as ruas de Várzea Alegre representando uma arte secular.

Dos que formaram a 2ª geração da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto apenas, o mestre Raimundo Aniceto está vivo representando sua geração. Mesmo na luta onde está se recuperando de um AVC. O mestre Raimundo mesmo com o peso da idade, dar exemplo de um cidadão e musico que muito já contribuiu para a cultura, hoje octogenário serve de exemplo para os sucessores.

E os dois jovens que visitaram Várzea Alegre se orgulham de dar continuidade a um projeto com mais de 02 séculos, e que ainda hoje tem notoriedade em meio as atividades culturais do Brasil, quando esse tempero cultural Caririense fomenta e enaltece o som dos pífanos, zabumba, caixa e pratos que unificados as danças tradicionais da cultural são indicativos que a cultura vive.

Da criação da banda:
Grupo musical folclórico criado na cidade do Crato, interior do Ceará, ainda no século XIX por José Lourenço da Silva, conhecido como Aniceto, descendente de índios Cariri. O grupo manteve-se em atividade até o século XXI, sucedendo na sua formação três gerações, incluindo a de Aniceto. 

Os três filhos de José Lourenço da Silva, integrantes do grupo, herdaram o mesmo apelido do pai, Aniceto. A denominação cabaçal decorre de duas versões: Uma de que antigamente os tambores eram confeccionados de pele de bode estirada sobre cabaças; outra, a de que o nome vem de um ritual dos índios Cariris. 

Em 1978, lançaram um disco compacto, com apoio do Ministério da Educação e Cultura. Em 1998, participaram de uma temporada de mais de um mês do espetáculo “Ciranda dos Homens, Carnaval dos Animais”, do coreógrafo Ivaldo Bertazzo, exibido no Teatro do SESC Pompéia, em São Paulo (SP). 

Em 1999, lançaram outro disco, produzido pela Cariri Discos em parceria com a Equatorial Produções. Em 2004, lançaram o CD “Forró no Cariri”, com apoio da Secretaria da Cultura do Ceará. 

Durante sua trajetória, alcançaram projeção internacional, apresentando-se em todo o Brasil e na Europa. Também se apresentaram ao lado de Hermeto Paschoal e do Quinteto Violado, além de realizarem participações em filmes e documentários de TV. Mesmo nos anos 2000, os integrantes mantêm a tradição do grupo, de utilizar apenas pífanos feitos de tabocas, e confeccionar os instrumentos com peles de bode ou carneiro esticadas sobre troncos de madeira, com o miolo retirado a golpes de machado.

MPB

Nenhum comentário

‹‹ Postagem mais recente Postagem mais antiga ››

Postagens populares